
MANUTENÇÃO DO VEÍCULO235
5
❍o pneu envelhece igualmente se for usado pouco. A pre-
sença de gretas na borracha do piso do pneu e dos lados
constitui um sinal de envelhecimento. Em cada caso,
se os pneus forem montados há mais de 6 anos, é ne-
cessário que sejam controlados por pessoal especializa-
do. Controle igualmente com especial cuidado a roda so-
bresselente;
❍em caso de substituição, montar sempre pneus novos,
evitando aqueles de procedência duvidosa;
❍ao substituir um pneu, é bom substituir também a vál-
vula de enchimento;
❍para permitir um consumo uniforme entre os pneus
dianteiros e os traseiros, aconselha-se a troca dos pneus
a cada 10-15 mil quilómetros, mantendo-os do mes-
mo lado do veículo para não inverter o sentido de ro-
tação.
Recorde-se que o comportamento em estrada
do veículo depende da correcta pressão de en-
chimento dos pneus.
Uma pressão demasiado baixa provoca o so-
breaquecimento do pneu com possibilidade
de danos graves no mesmo.
Não efectuar a mudança em cruz dos pneus,
deslocando-os do lado direito do veículo pa-
ra o lado esquerdo e vice-versa.
Não efectuar tratamentos de nova pintura das
jantes de liga leve que exigem a utilização de
temperaturas superiores a 150°C. As carac-
terísticas mecânicas das rodas poderão estar com-
prometidas.
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236MANUTENÇÃO DO VEÍCULO
TUBOS DE BORRACHA
Para a manutenção dos tubos flexíveis de borracha do sis-
tema dos travões e de alimentação, seguir minuciosamente
quanto indicado no “Plano de Manutenção Programa-
da” neste capítulo.
De facto, o ozono, as temperaturas altas e a prolongada
ausência de líquido no sistema podem causar o endure-
cimento e a ruptura dos tubos, com possíveis fugas de lí-
quido. É assim necessário efectuar um controlo atento.
LIMPA PÁRA-BRISAS/LIMPA VIDRO-
TRASEIRO
ESCOVAS
Limpar periodicamente a parte de borracha utilizando
produtos adequados; recomenda-se TUTELA PROFES-
SIONAL SC35.
Substituir as escovas se a secção de borracha estiver de-
formada ou desgastada. Em cada caso, recomenda-se que
substitua cerca de uma vez por ano.
Algumas simples precauções podem reduzir a possibili-
dade de danos às palhetas:
❍em caso de temperaturas abaixo de zero, certificar-se
de que o gelo não prendeu a parte em borracha con-
tra o vidro. Se necessário, desbloquear com um pro-
duto anti-gelo;
❍retirar a neve que se tenha acumulado no vidro: além
de salvaguardar as escovas, evita-se esforçar e sobre-
aquecer o motor eléctrico;
❍não accionar o limpa pára-brisas e o limpa vidro-tra-
seiro com os vidros secos.
Viajar com as escovas do limpa pára-brisas
gastas representa um grave risco, porque re-
duz a visibilidade em caso de más condições
atmosféricas.
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MANUTENÇÃO DO VEÍCULO237
5
Substituição das escovas do limpa pára-brisas
fig. 5
Proceder como indicado a seguir:
❍levantar o braço do limpa pára-brisas e posicionar a
escova de modo a formar um ângulo de 90° com o bra-
ço;
❍premir a lingueta A e extrair a escova do braço;
❍reintroduzir a nova escova certificando-se que a mes-
ma fica bloqueada.
fig. 5L0E0097m
Substituição da escova do limpa vidro-traseiro
fig. 6
Proceder como indicado a seguir:
❍levantar a cobertura A e desmontar o braço do veícu-
lo, desparafusando a porca B que o fixa no pino de
rotação;
❍posicionar correctamente o braço novo e apertar a fun-
do a porca;
❍abaixar a cobertura.
fig. 6L0E0098m
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238MANUTENÇÃO DO VEÍCULO
PULVERIZADORES
Vidro dianteiro (lava pára-brisas) fig. 7
Se, o jacto não sair, verificar primeiramente que seja pre-
sente líquido no depósito do lava pára-brisas (ver o pa-
rágrafo “Verificação dos níveis” neste capítulo).
Controlar em seguida que os furos de saída não estejam
entupidos, eventualmente utilizando uma agulha.
Os jactos do lava pára-brisas se orientam regulando a in-
clinação dos borrifadores.
Os bicos devem estar directos a cerca 1/3 da altura do bor-
do superior do vidro.
AVISO Nas versões equipadas com tecto de abrir, antes de
accionar os jactos dianteiros, certificar-se de que o tecto
está fechado.
fig. 7L0E0099m
Vidro traseiro (lava vidro-traseiro) fig. 8
Os jactos do lava vidro-traseiro são fixos.
O cilindro porta-jactos está situado sobre o vidro traseiro.
fig. 8 L0E0100m
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MANUTENÇÃO DO VEÍCULO239
5
CARROÇARIA
PROTECÇÃO CONTRA OS AGENTES
ATMOSFÉRICOS
As principais causas dos fenómenos de corrosão são de-
vidas a:
❍poluição atmosférica;
❍salinidade e humidade da atmosfera (zonas marinas,
ou com clima quente húmido);
❍condições ambientais sazonais.
Não se deve subestimar a acção abrasiva da poeira at-
mosférica e da areia trazidas pelo vento, da lama e de cas-
calho levantado por outros meios.
A Lancia adoptou no seu veículo as melhores soluções tec-
nológicas para proteger eficazmente a carroçaria contra
a corrosão.Aqui estão as principais:
❍produtos e sistemas de pintura que dão ao veículo par-
ticular resistência à corrosão e à abrasão;
❍uso de chapas galvanizadas (ou pré-tratadas), equi-
padas de alta resistência à corrosão;
❍borrifadura da parte inferior da carroçaria, compar-
timento do motor, internos passa-rodas e outros ele-
mentos com produtos cerosos de elevado poder de pro-
tecção;
❍pulverização de materiais plásticos, com função pro-
tectora, nos pontos mais expostos: debaixo das por-
tas, no interior do pára-choques, rebordos, etc;
❍uso de enlatados “abertos”, para evitar a condensação
e a estagnação de água, que podem favorecer a for-
mação de ferrugem no interno.
GARANTIA DO EXTERIOR DO VEÍCULO
E DA PARTE INFERIOR DA CARROÇARIA
O veículo possui uma garantia contra a perfuração, de-
vido à corrosão, de qualquer elemento original da estru-
tura ou da carroçaria.
Para as condições gerais desta garantia, consultar o Li-
vrete de Garantia.
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240MANUTENÇÃO DO VEÍCULO
Para uma lavagem correcta do veículo proceder da se-
guinte forma:
❍quando se lava o veículo num sistema automático, re-
tirar a antena do tecto para evitar de danificá-la;
❍se para a lavagem do veículo forem utilizados vapori-
zadores ou limpadores a alta pressão. manter uma dis-
tância no mínimo de 40 cm da carroçaria para evitar
danos ou alterações. Lembre-se que estagnações de
água, a longo prazo, podem danificar o veículo;
❍banhe a carroçaria com um jacto de água de baixa
pressão;
❍passe sobre a carroçaria, uma esponja com uma ligei-
ra solução detergente, enxaguando frequentemente a
esponja;
❍lavar bem com água e secar com jacto de ar ou uma
camurça.
Durante a lavagem, ter cuidado com as peças escondi-
das, como vãos das portas, capot, contorno dos faróis,
em que a água pode estagnar a facilmente. Recomenda-
se que não leve imediatamente o veículo para um ambiente
fechado, mas que o deixe ao ar livre, de modo a favore-
cer a evaporação da água.
Não lavar o veículo após ter estado parado ao sol ou com o ca-
pot do motor quente: isso pode alterar o brilho da pintura. CONSELHOS PARA A BOA CONSERVAÇÃO DA
CARROÇARIA
Tinta
A tinta não tem só a função estética mas também prote-
ge as chapas.
Em caso de abrasões ou fissuras profundas, recomenda-
se que sejam feitos imediatamente os retoques necessários,
para evitar a formação de ferrugem. Para os retoques da
pintura, utilizar apenas produtos originais (consultar
“Chapa de identificação da pintura da carroçaria” no ca-
pítulo “Dados técnicos”).
A manutenção normal da pintura consiste na lavagem, cu-
ja periodicidade depende das condições e do ambiente de
utilização. Por exemplo, nas zonas de grande contami-
nação atmosférica, ou quando se percorrem estradas co-
bertas de sal anti-gelo, deve lavar-se o veículo com maior
frequência.
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MANUTENÇÃO DO VEÍCULO241
5
As partes externas de plástico devem ser limpas com o
mesmo procedimento realizado para a normal lavagem do
veículo.
Evitar o mais possível de estacionar o veículo sob as ár-
vores; as substâncias resinosas que muitas espécies dei-
xam cair dão um aspecto opaco à pintura e aumentam
as possibilidades de corrosão.
AVISO Os excrementos de pássaros devem ser lavados ime-
diatamente e com cuidado, pois a sua acidez é particu-
larmente agressiva.
Os detergentes sujam as águas. Lavar o veí-
culo somente em zonas equipadas para o re-
colhimento e a depuração dos líquidos utili-
zados para a lavagem.
Vidros
Para a limpeza dos vidros, utilizar detergentes específicos.
Usar panos bem limpos para não arranhar os vidros ou al-
terar a transparência.
AVISO Para não danificar as resistências eléctricas pre-
sentes na superfície interna do vidro traseiro térmico, es-
fregar delicadamente seguindo o sentido das resistências.
Compartimento do motor
No fim de cada estação fria, efectuar uma lavagem ade-
quada do compartimento do motor,tendo o cuidado de não
insistir directamente com o jacto de água nas centralinas
electrónicas e na centralina do relé e fusíveis no lado es-
querdo do compartimento do motor (sentido de marcha).
Para esta operação, recorrer a oficinas especializadas.
AVISO A lavagem deve ser efectuada com o motor frio e a
chave da ignição na posição STOP. Após a lavagem, certi-
ficar-se de que as várias protecções (por exemplo, tampões
em borracha e coberturas diversas), não estão removidas ou
danificadas.
Projectores dianteiros
AVISO Na operação de limpeza dos transparentes de plás-
tico dos projectores dianteiros, não utilizar substâncias
aromáticas (por ex. gasolina) ou quetonas (por ex. ace-
tonas).
Com o escopo de manter intactas as carac-
terísticas estéticas da pintura, se aconselha
de não utilizar produtos abrasivos e/ou ce-
ras para a limpeza do veículo.
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242MANUTENÇÃO DO VEÍCULO
INTERNOS
De tempos em tempos verificar que não sejam presentes
estagnações de água sob os tapetes (devido ao pingar de
sapatos, guarda-chuvas, etc.) que podem causar a oxi-
dação da chapa.
Nunca utilizar produtos inflamáveis, como o
éter de petróleo ou gasolina rectificada, pa-
ra a limpeza das partes interiores do veícu-
lo. As cargas electrostáticas que são geradas du-
rante a operação de limpeza podem provocar um in-
cêndio.
Não ter aerossóis dentro do veículo: perigo de
explosão. Os aerossóis não devem ser expos-
tos a uma temperatura superior a 50° C.
No interior de um veículo exposto ao sol, a tempe-
ratura pode superar de forma significativa esses va-
lores.
BANCOS E PARTES DE TECIDO
Eliminar o pó com uma escova seca ou com um aspirador.
Para uma melhor limpeza dos revestimentos em veludo,
recomenda-se humedecer a escova.
Esfregar os bancos com uma esponja humedecida numa
solução de água e detergente neutro.
PARTES DE PLÁSTICO
Recomenda-se efectuar a limpeza normal dos plásticos in-
teriores com um pano húmido e uma solução de água e
detergente neutro não abrasivo. Para remover manchas
de massa lubrificante ou manchas resistentes, utilizar pro-
dutos específicos para a limpeza dos plásticos, sem sol-
ventes e concebidos para não alterar o aspecto e cor dos
componentes.
AVISO Não utilizar álcool ou gasolina para a limpeza do
vidro do quadro de instrumentos.
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